Autor: Loucos por Gatos

  • Seu Buneco, nosso novo mele

    Oi, seus doido por gatos, tudo bem? Eu tô bem, obrigada. Bem melhor, aliás. Meu coração já se acalmou bastante e eu agora sinto saudades menos doídas do meu mele Pam, o primeiro. E eu e o marido já conseguimos adotar um irmãozinho pro Pingo, o Buneco.

    A gente tava pensando em encontrar O gato, o escolhido, o pai dos dragões eheheh, tipo como vieram o Pam e o Pingo, sem a gente ir atrás. Mas aí que eu tava achando a casa muito parada, nada acontecia, Pinguinho sozinho, carente, sem os miados do Mele, sem os ataques do Pingo. Muito triste. Então que eu fui pra internet, descobri protetoras aqui em Floripa, elas foram me mostrando todos os meles pra adoção e eu escolhi: É esse!

    O nome dele era Teco. Ele tinha entre 7 e 8 meses e um irmãozinho chamado Tico. Vi as fotos dos dois, me senti mal por não pegar ambos, mas não queria estressar tanto o Pinguinho e também não sou assim tão doida dos mil gatos. Amo, adoro, mas gosto de poder dedicar meu amor mimante, e então pra mim dois gatos é o ideal.

    Tico e Teco (não me perguntem quem é quem)

    Conversamos com a protetora, ela fez o teste de Fiv/Felv (já tinha feito na ninhada, mas eu pedi pra fazer específico nele) e deu a primeira dose de vacina. E aí trouxe ele pra cá.

    A primeira coisa que a panterinha fez foi conhecer todo o apê, cheirar tudo, deixar seu cheiro em tudo. Pingo olhando de longe, se cagando todo, com muito medo e desconfiança. Mas aí depois o Buneco (sim, no more Teco, agora é Buneco) achou um sofá no escritório pra se esconder atrás. E ali ficou por uns dois dias, saindo só de vez em quando. Pingo vivendo basicamente a vida normal dele, já que nem via o Buneco.

    Primeiro dia do Buneco aqui em casa

    Mas aí no terceiro dia o Buneco resolveu virar gente (ops, gato). E aí a coisa complicou um pouco. Pingo enfurecido, fazendo uns barulhos muito doidos, e Buneco tentando uma aproximação. Levou bastante fu e bastante outros grunhidos na cara, mas não se abalou. A cada dia mais, ele se sentia em casa. Pulando em tudo, se roçando na gente, dormindo grudadinho… Quem sofreu mesmo foi o Pingo, totalmente estressado o tempo todo.

    Isso durou uns dois, três dias mais. Depois, o Pingo começou a relaxar e permitir a aproximação do maninho. Aí eles já dormiram juntos (não grudados, mas pertinho um do outro), começaram a brincar, um correr atrás do outro, um imitar as bobiças do outro e essas coisas todas que eu tô amando. Ou seja, tempo de adaptação: uma semana. Juro! Fiquei boquiaberta.

    Os dois amores…

    Faz  20 dias que o Buneco tá aqui. E parece que ele sempre morou com a gente. Totalmente entrosado, cada dia aprendendo uma gatice a mais com o Pingo, como tomar água da torneira, fazer festinha na caixinha de areia, observar o mundo da janela, tentar se enfiar atrás da persiana…  cada dia mais amado. E vai ser assim cada vez mais. E ele é gulosinho que nem o Pam, quer comer tudo que a gente tá comendo.

    Falando nisso, hoje faz dois meses que meu mele se foi…  mas sem tristezas. Bem-vindo, Bunequinho!

     

  • Meu Mele, meu Pam, minha estrelinha

    Bom, vamos lá. Eu tô devendo uma homenagem pro meu Mele, meu Pam, meu anjinho ranzinza laranjudo, e agora acho que meu coração já tá um pouquiiiiinho mais calmo pra eu conseguir falar dele sem ter uma síncope de saudades. Bom, ou não, vamos ver, já tô chorando. Inspira, expira, respira, Cristine. Ele se foi velhinho, viveu muito bem esses 19 anos, você fez de tudo por ele, ele será pra sempre seu amor.

    Já deu pra ver como eu tô, né? Desse jeito, à s vezes morrendo, à s vezes mais tranquila, sempre saudosa, rindo e chorando. Vocês sabem, meu Mele era meu Mele, meu Mele é meu Mele, é a razão de eu ser hoje em dia assim tão apaixonada por meles (eheehe, tô emmelezando todo o texto, né? É, essa sou eu, melezenta). Mas eu faria tudo de novo, faço tudo de novo pelo Pingo (vulgo Bili, novo apelido) e farei tudo de novo para um próximo amor que aparecer na nossa vida. Eu e Gabi, meu marido, estamos esperando o gatinho certo pra adotar.

    Mas é isso que acontece, né, gente? Não tem amor sem sofrer. E com animaizinhos então nem se fala. Quase certo que eles se vão antes da gente… E não tem como. A gente sofre, a gente tem saudade, a gente quer trazer de volta. Mas não dá. O negócio é lembrar do Pam daquele jeito doido, faminto, das patinhas mais pedintes do mundo, do olhar mais profundo, dos pelos mais emaranhados, dos bigodes mais compridos, do fuço mais geladinho, do cheirinho mais cheiroso, principalmente em cima do olhinho, do ronrom mais gostoso na hora do cheirinho…

    Como eu já falei, a velhice felina é difícil para grande parte dos gatos, e com o Pam não foi diferente. Mas acredito que o sofrimento de verdade veio no último dia, quando eu senti que ele tinha dor, então aí não tem jeito. O amor de mãe pede pra que você deixe ele ir, e assim foi, via eutanásia. Triste? Demais, o dia mais triste da minha vida (lado a lado com o dia que perdi minha melhor amiga), mas a melhor decisão que se pode tomar.

    Eu não quero discorrer muito sobre a doença renal, os últimos dias, etc. Falei um pouco da doença no blog Saúde do meu Pet, se quiserem dar uma lida. Essas coisas eu vivi foi uma dor só minha, cada um sente do seu jeito e lida da sua forma. Não acho que eu precise disseminar isso pra vocês, porque o que vale são os dias que a gente passa com eles, o amor que eles dão pra gente, que a gente dá, que a gente conquista, que a gente absorve, que a gente espalha. É isso que fica, o resto é resto e é só uma vírgula no meio de tudo isso.

    Meu Mele é uma parte de mim, ele vive em mim. Pra sempre.  E isso vale tanto…

    (É só isso que consigo escrever por agora, e só essas fotos que consigo postar porque não quero ficar vendo tantas fotos do meu amor ainda…).

  • Gatos não se apegam aos donos?

    Zero apego pela minha mami

    Oi, sumida! Muitos de vocês já devem saber que meu Mele se foi… há 20 dias. Eu prometo fazer uma homenagem bem lindona a ele, mas não será agora. Ainda dói muito e eu quero falar de coisas boas e não ruins. Portanto, deixa pra próxima. O que eu quero falar é sobre uma frase que minha mãe me falou neste final de semana. Eu fui visitá-la há duas horas daqui e ela queria que eu ficasse mais um dia. Falei que o Pinguinho, meu frajolícia, estava sozinho (sexta e sábado minha diarista ficou aqui, mas domingo eu queria voltar pra ele não ficar sozinho). E aí ela soltou a pérola que toooooooooodo mundo já deve ter ouvido (inclusive quem não tem gatos): “Gatos não se apegam aos donos”. Oi? Aí bóra lá que eu vou explicar pra todo mundo aí (não cientificamente, mas empiricamente, pois MENINOS, EU VI) como funciona…

    Será mesmo que gatos não se apegam aos donos?

    Claro que gatos são gatos e cada gato é um gato e não é por ser gato que o mesmo temperamento de gato vai valer pra todos os gatos. Certo? Certo. Mas os meus gatos gatíssimos e os de meus amigos e parentes e conhecidos etc. TODOS sim se apegaram, se apegam e se apegarão muito aos donos. Eu vou falar aqui do Pingo, porque 1. não tenho cabeça e coração pra falar do Pam ainda e 2. ele é o gato mais gato apegado aos donos que eu conheço.

    Então, me diz aí. Se gatos não se apegam aos donos, por que será que o Pinguinho persegue a gente por todos os lados da casa e se fica muito tempo sozinho em algum cômodo já sai procurando a gente e fica ali do ladinho?

    Se gatos não se apegam aos donos, por que ontem, quando chegamos – eu e meu marido – de dois dias fora, o Pingo veio lá do nosso quarto num miadinho esquizofrênico como se perguntasse “por queeeeeee me abandonaram”? E por que será que depois disso ele não largou da gente até a gente ir dormir e daí também dormiu com a gente, acordou a gente de madrugada (como sempre), etc.?

    Se gatos não se apegam aos donos, por que o Pingo sobe no meu ombro, acaricia a cabeça dele na minha e come meu cabelo?

    Se gatos não se apegam aos donos, por que ele ama dormir de túnel embaixo das pernas do meu marido e em cima da minha barriga ou costas? Tudo bem, ele certamente quer dominar o território e ser dono da gente, mas isso não seria… digamos… hmmmm… apego?

    E por que todo santo dia pela manhã, quando eu vou fazer xixi, ele pula no meu colo e ronroooooooooona ronrooooooooona ronrooooooona e pede carinho carinho e mais carinho? E idem com meu marido na hora do número 2? Oooops…. too much information.

    Por que também ele passa os sábados e domingos preguiçosos juntinhos com a gente, na cama? E mal sai pra fazer xixi, cocô, comer e tudo mais?

    E, finalmente, se gatos não se apegam aos donos, por que a gente ama taaaaaaaanto eles e tem certeza absoluta que eles também nos amam? Aliás, aqui neste post tem bastante informação de como reconhecer o amor de seu gato.

    Não sinto nada pelo meu papi. Nadinha.

    E aí? Os meles de vocês também não sentem nada por vocês? Conta aí!

  • A velhice felina

    Muita gente sabe que eu amo o Mele (Pam), que o Mele é o meu amor e que esse amor dura quase 19 anos… Sabe também que ele já passou por alguns perrengues na vida, como ter caído do sétimo andar e ter tido uma hepatite. Mas ele passou por isso de boas, com sua ranzinice contumaz e os mimos da mami. E agora ele tá passando por outra grande provação na vida: a velhice felina. Aliás, ele e eu. Porque, olha, tenho orgulho dele ter essa idade que tem, de ainda ter uma vida ativa, na medida do possível, e por dar e receber amor, mas não é nada fácil ser velho. E não é nada fácil cuidar de velho. De verdade.

    E todo mundo deve achar ai que lindo, quanto amor envolvido, quanta dedicação. E é. Principalmente dedicação. E é disso também que eu quero falar agora, principalmente porque passei o dia limpando xixi, dando banho nele com paninho úmido e tentando não me jogar junto com ele aqui do quinto andar. Brinks, gente, não me chamem de assassina, por favor. O que eu quero dizer e, repetindo o que já disse acima é que, de verdade, não é fácil.

    Meu velhinho e sua casinha

    Tudo bem que eu nunca fui uma pessoa muito viajante e depois que casei fiquei mais caseira ainda. Mas até pra visitar minha família a duas horas daqui eu já fico com o coração na mão. Porque eu tenho quem cuide dele, mas e se não souber o que ele quer? E se ele tem algum piripaque bem quando eu não tô em casa? E se ele se machucar de alguma forma e ninguém ver? E se, e se, e se? Os gatos são sim independentes, mas muito amáveis, e na velhice eles precisam muito da gente. O Pam ficou mais manhoso, mais ranzinza, mais mimado e muito mais carente.

    Velhice felina: vivendo (muito!) e aprendendo

    O sinal mais evidente da velhice felina do Pam foi o emagrecimento. O apetite diminuiu. Ele gosta muito de comer, graças a Deus! Mas ele ficou muito mais seletivo e come em pequenas quantidades. à€s vezes vomitava (por algum motivo, ele nunca mais vomitou). E eu dava remédio pro fígado e também um tipo Omeprazol. Mas os vômitos aconteciam. Exames, exames, exames. Fígado ruim, rim ruim. Nada tratável porque não tem doença. Mas a alimentação ajuda a desacelerar os sintomas. E dá-lhe comprar ração específica urinária e hepática. Caríssimas. E tem que ser sachê. Ele só come sachê atualmente. Primeiro dia: comeu horrores. Segundo: um pouco. Terceiro: não quer mais saber. Eu já tentei reintroduzir rações especiais várias vezes, mas ele simplesmente enjoa e não come nada. E não comer nada para um gato idoso (qualquer gato, na verdade, mas idoso é pior) é péssimo. Ele pode ter lipidose hepática e morrer em pouquíssimo tempo.

    Depois, a visão começou a deteriorar. Ele começou a se bater nas coisas, ficar meio perdido. Mas não tem catarata. Também não tratável. Velhice felina. Depois, ele começou a andar esquisito. Artrite, artrose, etc. Os pelos ficam feios, sem brilho, embaraçam muito facilmente, as orelhas sempre sujíssimas. E a gente sempre limpando, lavando, ajudando, amando.

    E tem o bafo! Meu Deus o bafo! Anos de acúmulo de tártaro (não, eu nunca fiz limpeza nele porque precisava anestesiar e eu nunca quis). E ele tem todos os dentes. Com 18 anos e 10 meses ele tem TODOS OS DENTES. Mas que bafo de onça! Se ele abre a boca, tem que sair de perto. Fedorentinho da mami!

    E as unhas? Crescem grossas, ele não afia mais direito, não deixa cair, algumas vezes elas cresceram tanto que enfiaram na almofadinha das patas. O que mami tem que fazer? Cortar sempre e estar sempre de olho. Não preciso dizer que elas estão sempre sujismundas também, né?

    E tem a demência. Sim, ele tem uma certa demência. Ele mia muito. E por nada. Nada mesmo. Ele se perde. Parece que à s vezes ele não sabe quem ele é. E eu pego no colo e dou carinho e lembro que ele é meu Mele muito amado. E faço ele dormir no edredom no meio das minhas pernas. E ele dorme ronronando.

    E tem também as pessoas. As pessoas são a parte mais chata. “Ai, que dó, como tá velhinho, né?” “Ai, ele não enxerga? Ai, que pecado” “Esse já tá indo né?”. Affffffffff!

    Sustos sustos e mais sustos

    Há algum tempo, ele teve um tumor do lado do olho. Fiquei doida, pensei fodeu, câncer, perdi o Mele. Levei na onco, não dava pra saber se era se não era. Fizemos uma cacetada de exames pra ver se poderíamos tirar o tumor. Não podia. Por quê? Rim ruim, fígado também e, principalmente, coração. Provavelmente ele não aguentaria uma anestesia geral (e, sim, tem que ser geral). Mas a onco me confortou e disse que mesmo que o tumor fosse maligno, ele super provavelmente não morreria disso. Ou seja, tava tudo tão podre que algo iria matá-lo antes. Acho que isso faz dois anos. E ele tá aí ainda. E sabe o que mais? O tumor dele diminuiu e secou. Eeeeeeeeeee.

    E há alguns meses ele tá fazendo xixi com sangue. Pensa numa mãe apavorada! E fizemos exames e mais exames. Ele não tem infecção. Ele tem cristais na bexiga. Como resolve? Alimentação. Só um tipo de ração urinária que dissolve sei lá das quantas. Nada mais. Ele come? Um dia, dois, sim. No terceiro? Não mais. O que fazer? Nada.

    E aí que ele faz xixi com sangue em vários lugares da casa agora – não é todo dia que o xixi dele tem sangue, mas é bem frequente. E não é por incontinência, é por… não sei, não sabemos. Mas o pé da minha cama, os tapetes dos banheiros e qualquer roupa, calçado, toalha, etc. que estiver no chão, é tudo caixa de areia do Mele (inclusive a própria caixa de areia). Tipo gato não castrado na fase de demarcar território. Só que o território já é bem dele há quase 19 anos.

    Bom, e além do xixi na casa, tem o cheiro de xixi nele, porque ele não se limpa mais quase nada. E fica com cheiro impregnado. Eu tenho dado muitos banhos, mas pensa um velho ranzinza tomando banho. É desesperador. Então procuro passar paninhos úmidos sempre pra não fazer o véio sofrer. Mas ele odeia também. E berra. Porque ele é assim. Véio, todo ferrado, mas sempre dando ordem.

    Por que eu fiz esse texto?

    Gente, eu fiz esse texto pra todo mundo pensar bem que ter um gato (ou qualquer bichinho) é tipo ter um filho. Mesmo. E a velhice felina pode ser bastante estressante. Eu já vi muita gente doando ou abandonando os gatos na velhice porque “dá muito trabalho”. Obviamente tenho vontade de pegar pelo pescoço porque olha, se a pessoa não tem amor por um ser que viveu mais de uma dezena de anos ao seu lado, é bom que passe dessa pra melhor de uma vez, viu? Arrombados!

    Mas eu tô reclamando? Tô. Um pouquinho só, tá, porque hoje eu tô bem injuriada porque o xixi do Pam impregnou embaixo da minha cama e tá foda meio apodrecendo e não quero falar disso, ahahaha. E enquanto eu faço esse texto, ele quis entrar no meu quarto (tinha jurado há 5 minutos que nunca mais) e ele tá dormindo ali em cima da minha cama e eu tô de oio no pimpoio pra que ele não vá sorrateiramente mijar no pé da cama (sim, ele é um véio safado).

    A conclusão é que a velhice felina é cansativa, é foda, mas é uma delícia ter um bebê véio do seu lado, vivendo o máximo que pode porque ama o seu amor. E eu amo o amor dele.

     

     

  • Eu e meu Mele, um amor de 17 anos

    Oi, gente, venho por meio desta dizer que à s vezes volto e que o Pam, o Pâmelo, o Mele está oficialmente com 17 aninhos… Velhinho? Siiiiiiiiim, velhinho, cheio de manias, com algumas dificuldades, mas MUITO MUITO MUITO MUITO AMADO.

    Então, como se eu já não me declarasse suficientemente pra ele, resolvi compartilhar com vocês meu amor mais um pouquinho (porque né, à s vezes explode e a gente tem que passar adiante pra não ter um treco).

    cheirinho mele
    Oi, eu sou o Mele e tô ganhando cheirinho

    Assim, o Mele, hoje em dia, é grude. Ele não era, agora é. Eu e meu marido trabalhamos em casa, por isso ele pode nos fazer de gato e sapato. Então, ele mia enlouquecido de umas duas em duas horas. Pra quê? Pra colocar uma raçãozinha sachê (bem pouquinho, porque ele come de pouquinho em pouquinho) fresquinha. Ou, simplesmente, pra nada, pra dar uma atenção porque ele fica com tédio.

    Tá, daí tem a miação das 16h30, 17h. Essa é mais focada: ele precisa que EU vá deitar um pouco com ele. Como é? Assim. Eu tenho que ir pra minha cama, colocar o edredom em cima das minhas pernas, abrir um pouco as pernas pra ele se encaixar. Daí pronto, ele dorme ronronando. E eu saio de fininho e volto pro escritório. Tipo fazer neném dormir, sabe? É, pois é. Um neném de 17 anos.

    Outra coisa. Ele é manco há anos por conta de uma queda do sétimo andar. Ele agora tá meio ceguinho, então se perde à s vezes no meio da casa e dá umas cabeçadas. Maaaaaaaaaaaasss, se eu for fazer qualquer coisa na cozinha, ele sai DE ONDE ESTIVER (pode ser de um gostoso sono profundo) e vai correndo atrás de mim. Eu e meu marido o chamamos de stalker nessa hora. E ele, manco, parece que vai trotando, tipo um cavalinho.

    Aí, eu abro a geladeira. Ele apenas enfia o fuço dentro pra cheirar o que tem de rango. Quase nunca é coisa para felinos, mas ele precisa ter certeza. Daí lá vai eu cozinhar um peito de frango ou uma carne magra pra dar um pouquinho pra criança. Quando não tem, vai um pouco de iogurte, ervilha, presunto, queijo, o que tiver e ele queira comer. Véio mimado é assim mesmo.

    melefuçosujo
    Comi iogurte e meu fuço tá sujo

    E… se eu tô cozinhando, aí ele fica doido, mesmo sem ter o que ele gosta. Se tem o que ele gosta, tipo CARNE, aí pronto, enlouquece. Aperta meu pé com a patinha, sobe nas minhas pernas, se estica todo e a cauda treme bem doida ahahahaha. CLARO que ele acaba ganhando uma carninha, né? Afinal, era pra ele comer ração renal, mas não tem jeito, então dou o que ele quiser. Viver os últimos anos de boas, né?

    melepatinha
    Mami, mim dá isso aí que ce tá cozinhando?

    Então, a vida do Mele é mais ou menos essa. Mimadinho, gostosinho, cheirosinho e velhinho magricelinho. Sempre com muito amor, muito dengo e, agora, mais do que nunca (como diria Faustão), com MUITO MUITO MUITO MIMO.

    Mele, a mami ama mais do mundo!!! Parabéns pelos 17 aninhos!!!

  • Eliane e Léo, mais uma história de amor felino

    Olá, gente, faz tempo, né? Pois é, eu sei… É que, de verdade, falta tempo pra mim, e agora é sério, não é desculpinha não. Massssssssssss…. meta para 2015: dar uma atualizadinha básica no brógui vez ou outra. Afinal, nossos meles merecem, né?

    E hoje eu ressurgi das cinzas pra mostrar uma historinha que eu recebi por e-mail (pois não preciso escrever nada, já que a história tá prontinha). É uma história de amor. De uma pessoa por um gato e vice-versa. Daquelas que a gente tanto conhece, mas não cansa de ler. Taí proceis:

    “Oi Cristine

    Meu nome é Eliane….vi seu blog e eu gostei da materia do não adote o gato.
    Mas eu fiz o contrario….adotei um…me apaixonei a primeira vista.
    Não tive nenhum trabalho; é tão limpinho..sempre, desde quando chegou faz suas
    necessidades da bacias e exige limpeza….chego a trocar areias três vezes em 24hs, rsrs
    Ele fica miando bem forte….quando troco a areia ele usa logo….
    Devolver?
    Nunca!
    Ele tem três meses e 15 dias…. e esta comigo a 1 mês e 28 dias… amoooo demais….já nem sem viver
    sem ele!
    Minha Amiga Manu disse que ele é um gato de sorte…..Respondi a ela que eu tenho sorte de ter o Léo….
    Meu gato tem deixado os meus dias mais alegres e momentos inesquecivéis!
    Já está com as vacinas em dias….já tem veterinário particular….e já viajou comigo
    no ano novo….
    Bjoquinhas minhas e um lambeijo do Léo”

     

    E, claaaaaaaaro que vamos ilustrar a história com algumas fotinhas, né?

     

    Mami, amo seu cabelo!
    Mami, amo seu cabelo!
    Nanando...
    Nanando…
    O que você quer com o MEU arranhador?
    O que você quer com o MEU arranhador?
  • O “sweet sixteen” do Pam

    Gente, o Pam, neste mês, está fazendo 16 aninhos. Sei que muita gente já sabe e deu os parabéns lá no Face. E a gente ficou super ultra mega feliz! Como vocês já sabem tuuuuuuuuuudo sobre ele, não vale a pena eu ficar repetindo o quanto ele é lindo maravilhoso gostoso ranzinza laranjão do amor. Então, apenas postarei duas IBAGENS.

    melão
    Obrigada por me amarem, humanos!
    pam
    Essa mami minhama tanto…

     

    Beju!!!!

  • Não adote gatos!

    Gente! Venho por meio desta dizer-lhes que fico muito #xatiada quando recebo e-mails do tipo “O que eu faço com meu gato que arranha os móveis? Se continuar assim, vou ter que doá-lo!!!”. Isso porque, analisemos. 1. Tudo bem em querer saber dicas de como fazer o gato parar de arranhar móveis, afinal, ninguém é obrigado a achar lindo o gato arranhar e fazer xixi e blablalbal pela casa toda. somos desapegados, porém, nem tanto. Agora 2. Isso é motivo pra doar o gato?

    E, assim, tem gente que me faz esse tipo de pergunta quando o gato tem uns 3, 4 anos já! Gente, vocês se apegam ao móvel da sala e não ao gato que mora com você e te considera uma mãe/pai há 4 anos? Uma dica: tem muita coisa errada com a sua pessoa. Aconselho: psiquiatra.

    Tá, peguei pesado. Mas, sério, gente, faz isso não. Ou não adota, não compra, não pega da rua. Fica sem gato, sem cachorro, sem filho. Compra um bichinho de pelúcia, um tamagotchi. Aquele Pou, sabe? Do celular? Mais fácil. Não dá tanto trabalho. Nem amor.

    Mas é verdade, povo. Enquanto todo mundo diz ADOTE! eu venho aqui dizer PERAà, PENSA BEM. Porque gato é ser vivo – e bem vivo!!! – e faz um monte de arte. E pra ensinar tem que ter paciência e amor. E tem que reservar tempo pra ele e limpar a caixinha e dar comidinha e fazer carinho e ouvir miados injuriados e também ronrons de amor e dar remédio e levar no veterinário e à s vezes até dar banho! Sério. Não é tão simples assim. E devolver? Devolver? Doar porque não quer mais? Cansou? Você devolveria seu filho?

    Sério. Não entendo. Pra vocês, só tenho algo a dizer: doe seu bichano pra quem o vai amar de verdade. E NUNCA MAIS NA VIDA TENHA BICHINHO NENHUM.

    Grata.

    2014-05-10 15.01.59
    A gente é fofo, mas tá vivo!
  • Mais uma love story de alguém que não gostava de gatos e passou a amar amar e hoje não vive mais sem eles

    Povo, tudo bem? Comigo tudo. Vocês vêm sempre aqui? Pois é, eu não. Mas tô aqui uma vez ou outra. E hoje o motivo é: recebi um e-mail coisa mais querida da Cynthia Ito Machado, lá de Curitiba. Ela compartilhou comigo – e com vocês, óbvio – a história de amor dela com os gatos. E a história dela e do gato Buk é meio parecida com a da Arcise e da Tiffany Vivi, lembram?

    Este aqui é o texto dela na íntegra – super bem escrito, diga-se de passagem. Bóra ler?

    “Nunca tive muita intimidade com animais de estimação. A mãe não gostava deles e, na infância, tive apenas um canarinho, um periquito australiano e um pequinês que, no primeiro cocô com ‘arrozinhos’ móveis, a mãe doou pra um conhecido. Assim, cresci sem que tal interesse despertasse.

    Quando casei, enfrentei verdadeira campanha do meu ex por um pet. Tentamos dois hamsters, mas não deu certo. Então ele passou à  artilharia pesada: um gatinho.

    Um tanto sistemática e afeita à  rotina, precisei amadurecer a ideia na cabeça antes de dar o aval tão esperado. A prima dele tinha um persa e disse que era o gato ideal prum apartamento.

    Passamos a procurar pelos pet-shops do bairro. E então teve aquela tarde…

    Entrei no pet e perguntei pro japonês. Ele me olhou sem muito entusiasmo: ‘tem um, preto, mas já tá grande’. Pedi pra ver.

    Qual não foi minha surpresa quando, seguindo o cara (fdp, com o perdão da palavra) até o fundo da loja, ele abriu a porta de um quartinho escuro, acendeu a luz e vi! Lá estava ele: um persa preto, duns seis meses, com os olhos alaranjados e esbugalhados, tremendo de medo, dentro de uma gaiolinha onde mal dava pra ele se mexer!

    Cheguei de mansinho e pedi pro cara abrir a gaiola. Ele colocou-a numa bancada e eu peguei o bichano no colo (essa foi a primeira vez!).

    Passei a mão e logo ele começou a ronronar bem forte. Cheirou e cheirou minha cabeça, eu ouvindo aquele barulhinho bom. de repente, lascou uma mordida! Não me assustei, antes achei graça, porque não era forte (depois, descobri que era sua demonstração máxima de carinho, ehehheheheheh).

    Ainda assim, não estava convencida. Voltei pra casa e pra minha vida. Na manhã do segundo dia, eu simplesmente não podia tirar a imagem daquele gatinho da cabeça. Levantei resoluta: ‘vamos lá buscar aquele gato!’

    Se está lendo, sabe perfeitamente o que aconteceu… Nada mais é preciso contar. Hoje tenho mais duas meninas lindas: a Mimi, que achei na esquina no cemitério e me seguiu por 45 minutos até em casa, e a Meg, uma fofura de angorá que me acorda todo dia pra botar seu café da manhã…

     Desse jeito o buk entrou na minha vida, pra nunca mais sair, mesmo agora, depois de quase dois anos sem ele (morreu aos 9 anos por insuficiência renal), continua presente e nossas memórias e nossos corações.”

    Emocionaram? Eu também.

    O saudoso Buk, aquele que colocou um ronrom definitivo no coração da Cynthia
    O saudoso Buk, aquele que colocou um ronrom definitivo no coração da Cynthia
    O Buk e a Mimi, sendo amiguinhos...
    O Buk e a Mimi, sendo amiguinhos…
    Mimi, sua linda linguaruda!
    Mimi, sua linda linguaruda!

     

    Meg, sua dengosa, quer o café da manhã agora ou pode ser mais tarde?
    Meg, sua dengosa, quer o café da manhã agora ou pode ser mais tarde?

     

     

     

  • Peti, a primeira filha da Cris

    Lembra que uma vez eu tava fazendo vários perfis de gatinhos idosos e seus donos? Então, faz tempo, né? Só pra relembrar, tem o perfil da Claudia e do Cookie, o da Laís e da Pink e o da Adriana e da Lú. Daí que agora vai ter o da Cris e da Peti, mas talvez a Cris me mate  porque acabo de ver que ela me enviou as respostas sobre a sua idosinha APENAS em agosto do ano passado. E eu APENAS até agora não escrevi o texto.

    É… meu gato interior, aquele ser preguiçoooooooooso, tem me dominado.

    Mas, enfim, vamos falar da Peti, a bebezinha velhinha de 15 anos da Cris, lá de Niterói, RJ. A Cris disse que comprou a Peti, mas que se fosse hoje, adotaria um gato e não compraria. “Cheguei no petshop e vi uma gaiolinha cheia de gatinhas sialatas. Todas fazendo a maior bagunça. A Peti era a que estava no cantinho da gaiola olhando fixamente pra mim. Então, foi a minha escolha (ou será que ela me escolheu?)… Olha, Cris, acho que a segunda opção é a correta, até porque a gente sabe que não dá pra resistir a esse olhar fixo e pedinte desses nossos babies, né?

    A personalidade da Peti? Aquela coisa felina emburradinha mais linda, tipo meu Pam. “Ela só faz o que quer. Só fica no colo quando quer. Se pegá-la à  força, ela vai embora emburrada. Se encontra alguém estranho, ela rosna. Não é nem um pouco simpática. Sempre foi assim… Tem gato que já nasce com personalidade de velhinho, né?

    Problemas de saúde? Quase nada. A Cris disse que logo quando trouxe a Peti pra casa da petshop, ela começou a espirrar e ficar com o nariz escorrendo, como se fosse um resfriado. O veterinário diagnosticou como rinotraqueíte, ela foi tratada e ficou novinha em folha. “Pulga ela teve uma vez na vida, quando o vizinho arranjou um cachorro. Deve ter pego no corredor do prédio, numa de suas rondas…

    A Cris não tem cuidados super especiais com ela, além de dar ração de boa qualidade. Ela também é viciadinha em sachê. “Ficou de uns tempos pra cá completamente viciada em sachês de ração. Não pode ver ninguém abrindo a geladeira que já acha que vai ganhar uma porção… Conheço um laranjão peludo I.GUAL.ZI.NHO.

    Se a Cris ama a Peti? Deixa ela responder: “A Peti foi a minha primeira ‘filha’. Hoje tenho dois filhos humanos e a filha felina. Ensino meus filhos a amarem os animais e a Peti é a alegria da casa. Amo demais essa gatinha! É a minha companheirinha, pois sente muito frio e sempre vem se aconchegar nas minhas pernas quando estou enrolada no edredom…

    Alguém aí se identifica?

     

    Como que não ama esse zoião azul???
    Como que não ama esse zoião azul???

     

    A Cris quase não ama...
    A Cris quase não ama…