Categoria: o pam

  • A PRIMEIRA VIDA DO PAM

    Agora é essa coisa aí, toda saudável, mas já passou por algumas...
    Agora é essa coisa aí, toda saudável, mas já passou por algumas…

    Vou contar agora uma historinha do Pam, quando ele perdeu a sua primeira vida. Ele morava comigo e mais quatro pessoas em um apartamento enorme no centro de Florianópolis. Dois andares do edifício eram garagens e cinco andares acima nós morávamos, mais especificamente, no 502. Eu, o Pam e mais quatro mulheres. Bom, eis que um belo dia todas nós – sim, cinco mulheres – saímos para uma noitada. Na volta, eu SEMPRE preciso dar cheiro no Pam e fui procurar o meu bichinho. Embaixo das cinco camas ele não estava, atrás da geladeira também não, no sofá, nada, dentro dos armários, ninguém.

    De repente, escuto um miado muito, mas muito distante… Gente, é a Pâmela – ah, tem essa, na época eu achava que o Pâmelo era menina, ele devia ter uns dois anos. Olhei pela janela da lavanderia e meu ser caramelo estava lá, embora eu não conseguisse enxergar direito. Algumas amigas minhas desceram pra vê-lo e pediram que eu esperasse, senão eu teria um troço. Não sei como consegui, mas fiquei esperando e chorando. Elas disseram que ele estava lá, em cima de um monte de areia da construção ao lado (sorte de gato, né?), e com o rabo cheio de cocô. Pecadeza, meu Deus do céu!

    Bom, aí começou a correria em busca de um veterinário 24 horas. Não deixei que ninguém tocasse nele(a) pra que não desarranjasse o que já, provavelmente, não estava muito bem. Após algumas ligações, achamos um veterinário. Nunca tinha ouvido falar, nem sabia direito onde era, mas eles tinham uma ambulância e pra mim bastou, já que era necessário tirá-lo daquela situação imediatamente.

    Eu não lembro muito bem porque, mas sei que não fui visitar a Pâmela nos dois dias que ela ficou no veterinário. Acho que minhas amigas pediram pra eu não ir, porque ele (a) estava em condições não muito amistosas. Se fosse hoje, eu obviamente não faria isso, mas naquela época, sei lá, minha cabeça era pior ainda do que é hoje.

    Quarenta e oito horas depois, chega o meu bebê novamente em casa, Cheirosinho, com LACINHO na cabeça – veterinário tão bom que nem pra checar se ela era ela mesmo. E as recomendações são: cálcio três vezes ao dia, imobilidade total e comidinha sempre ao lado. Por quê? Porque, simplesmente, o Pam, a Pam, o meu bebê tinha quebrado a bacia. E ele não conseguia andar de forma nenhuma e, segundo o veterinário, não há como engessar uma bacia (isso eu sei porque já vi humanos com o mesmo problema). E aí, eu, que já quase não frequentava mesmo a universidade, deixei tudo de lado pra me dedicar ao meu amor. Dar remédio pra gato não é fácil e mantê-lo calminho impossibilitado de andar é pior ainda. Mas ali eu fiquei, do lado de um edredon estirado na sala, com o meu serzinho amado, todo doentinho.

    Essa imobilidade durou um mês. Em seguida, o Pam começou a se arrastar. Era horrível e lindo de ver, porque ele literalmente se arrastava, com muito esforço, segurando um móvel com as patas da frente e puxando o resto do corpo pra junto dele. Horrível porque é um sofrimento. Lindo porque ele estava se esforçando muito pra voltar a andar. E eis que, mais um mês depois, o meu gato andava novamente, mancando um pouco com a pata esquerda, mas cheio de estrepolias naquelas patas almofadadas.

    E é isso. Até hoje o Pam tem um certo desvio na pata esquerda porque a bacia colou um pouco tortinha, mas nada que o afaste de suas brincadeiras e peraltices. Em dias mais frios ele chega a andar pulandinho, ou logo depois de ficar muito tempo em cima da pata esquerda. Mas normalmente, ele caminha um pouco manco, o que até lhe confere um certo charme, pra falar a verdade.

    Paciência, essa é a palavra. E fé na vontade do seu bichano de recuperar. Eles superam tudo. Mais adiante, conto a vocês outra prova disso.

  • SEU GATO FAZ ISSO?

    Bom, esse é um post do meu blog com o namorido, desatualizadíssimo no momento, mas que tem tudo a ver com o Loucos por Gatos. Diz aí, seu gato faz essas coisas que o Pâmelo faz?

    . Seu gato, por um acaso, come azeitonas?

    . Ele, por algum motivo, dá cambalhotas no seu pé na hora que você acorda e está na privada fazendo xixi?

    . Ele morde o seu pé durante a noite porque você está se mexendo e ele não consegue dormir?

    . Ele se treme todo dormindo à s vezes, como se estivesse sonhando?

    . Quando você está preparando qualquer comida, mesmo se for algo que ele odeie, ele mia e se dependura nas suas calças?

    . Ele vomita e logo depois pede comida?

    . Seu gato, na hora que ele acorda, mia até que você também acorde, mesmo não querendo absolutamente nada?

    . Seu gato arranha o sofá olhando escancaradamente para a sua cara?

    . Seu lindo animalzinho se estarra em diagonal na sua cama e te deixa num cantinho e olhe lá?

    . O pobre felino doméstico dá carinhos no seu rosto quando você o pega no colo?

    . Se você o atiça, ele se agarra no seu braço e morde e arranha como você fosse uma presa e não uma mamãe ou um papai amado?

    . Ele é muito muito muito mal humorado?

    . Por acaso, seu bichano treme o rabo quando quer muito alguma coisa?

    . Alguma vez ele subiu na cadeira ao seu lado na mesa e ficou olhando com cara de desamparo para o seu prato, onde, por sinal, não tem nada que ele goste?

    . O seu gato gosta de leite condensado?

    . E de recheio de bolacha Bono?

    . E de chocolate?

    . Ele cheira a sua boca logo depois que você comeu pra ver se há algo interessante no seu estômago?

    . Ele fica te esperando do lado de fora do box até que você acabe o banho pra tomar água com sabonete e sujeira?

    . Logo após essa façanha, ele fica andando pela casa fazendo rastro de pata molhada?

    . Ele cheira o ar de vez em quando?

    . Ele espera que você durma de pernas abertas pra se enfiar no meio pra você não poder se mexer a noite toda?

    . Ele te chama pra que você limpe as pedras dele?

    . Quando você vai limpar o cantinho dele, ele aparece pra comer ou tomar água só pra ver se você não tá mexendo em nada?

    . Alguns cds ele faz questão de ouvir na frente da caixa de som?

    . Vez ou outra ele surta do nada, como se tivesse vendo uma alma penada?

    . Ele entra no tanque, pede que você abra e se banha enquanto toma água corrente?

    . Seu gatinho, por acaso, tem horror a portas fechadas e, mesmo que não queira fazer nada no recinto, ele mia até que você o abra?

    . E a água com desinfetante, ele se enfia dentro do balde pra beber?

    . Ele estica o pescoço pra você fazer carinho?

    . E, assim, o seu bichaninho faz tudo isso e, com algumas coisas você fica puto, mas mesmo assim, tem vontade de esmagar? Pois é, essa sou eu. E o pior, acho lindo.

    Faz um monte de besteiras, mas eu acho lindo
    Faz um monte de besteiras, mas eu acho lindo
  • A FOFURICE IMPERA

    Minha mami não aguenta a minha fofurice. Me esmaga, esmaga e esmaga
    Minha mami não aguenta a minha fofurice. Me esmaga, esmaga e esmaga

    Ontem eu passei a tarde fora de casa e quando cheguei já estava morrendo de saudades do Pam. E isso é sério, muito sério, não estou exagerando de forma alguma. Abracei, beijei, cheirei, esmaguei, dei comidinha, aguinha, namorei, namorei e namorei muito o meu bebê. Tanto que na hora de dormir coloquei uma musiquinha e a gente ficou de rosto colado, ouvindo, fofo fofo fofo.

    É, eu sei, parece coisa de psicopata, mal amada e tal. Psicopata pode ser, mas não mal amada. É que eu não aguento o Pam, ele é muito muito muito lindo, querido, fofo de doer e gostosérrimo. Eu não consigo nunca brigar com ele. Nem quando ele me acorda à s 6 da manhã com aquele miado desesperado e eu descubro que ele não quer comer nem tomar água nem nada, só me acordar mesmo. E o miado rouco? Esse sim, me mata, e eu quase mato ele de tanto esmago e cheiro.

    E as patinhas feijão rosa? Não dá pra aguentar. E o bigodão? E as anteninhas? E as manchinhas pretas na boquinha? E a bochechinha? E a pança? E o rabão? E a juba de pelos no pescoço? E os pelos saindo do meio dos feijõezinhos? E as poses? Ah, as poses são um caso à  parte, aí é que junta tudo: o modelo, que já é lindo, e o charme, que, olha, ele tem de sobra.

    De tempos em tempos, eu vou postar aqui algumas fotos de poses a la top model do meu amorinho. Faz uns dois finais de semana que a gente tirou váááárias fotos fofas dele, algumas delas aí abaixo. Vê se eu não tenho razão de ser doida, maluca, louca, pinel, lelé da cuca por essa coisa?

    E ela não tá certa? Olha como eu provoco...
    E ela não tá certa? Olha como eu provoco…
    E aí? Não mereço um cheiro e um esmago agora mesmo?
    E aí? Não mereço um cheiro e um esmago agora mesmo?
  • EU DIGO QUE É UMA CAMINHA…

    Não era uma caminha?
    Não era uma caminha?

    Essa caminha preta sobre a qual o Pam repousa seus belos pelos ruivos até dois dias atrás costumava ser minha pasta de notebook. Porém, contudo, todavia, Pam descobriu que ela seria uma ótima substituta para a manta que ficava ali e na qual ele vomitou (está para lavar). Bom, eu que sou idiota de ter deixado a pasta ali bem aberta, pronta pra ser deitada em cima. Agora já era, virou cama, e eu, boa humana de estimação, não tenho poderes pra contrariá-lo. Afinal, a parte de dentro da pasta é de camurça e agora já está repleta de pelos. Até que a mantinha dele seja lavada, assim será, uma linda e confortável caminha. E vai dizer que não…

  • I’M YOUR MOM!

    O Pam, até ano passado, ainda tinha a habilidade de subir em alturas maiores. Hoje, sua preguiça e a idade já não o permitem mais. Ele gostava muito de entrar no tanque, fazer com que abríssemos a torneira e tomar água corrente. Essa situação, porém, fazia com que o gurizinho acabasse se molhando muito e tomando um banhinho básico. Nesse vídeo, a minha mãe doida chega pra secar o pobre depois do banho. E ele não gosta muito… Ah, a música é I’m your man, do Leonard Cohen, mas se trocar por I’m your mom, enfatiza toda a minha corujisse.

  • COMO EU ME APAIXONEI POR GATOS

    Meu presentinho, em fase semi-tosada, e já adulto (não tenho foto dele pequetico, é uma pena)
    Meu presentinho, em fase semi-tosada, e já adulto (não tenho foto dele pequetico, é uma pena)

    Essa é a minha história com o Pam, meu gatão, meu leãozinho, meu amor. Ele chegou pequenininho, mas de patas e orelhas bem grandes, olhões bem azuis e muita maluquice naquele corpinho. Era a Pâmela, segundo me disse a pessoa que me deu o presentinho. Eu morava com mais pessoas e todas acabaram logo se apaixonando por aquele serzinho laranja e serelepe. Aí, depois disso, foram histórias e mais histórias pra contar, como as de um filho em fase de crescimento. Naquele tempo, ele ainda cabia em tudo quanto era canto e qualquer lugar se tornava um belo de um esconderijo. Foi, ainda, naquela época que ele começou a criar suas manias de tomar água corrente, de tomar água do nosso banho, de atacar as nossas pernas e, é claro, de afiar as unhas no sofá. Também foi nesse tempo que ele gastou sua primeira vida, caindo do segundo andar.

    Mudanças de casa e o Pam foi crescendo, assim como a minha paixão e as suas maluquices. Cada vez mais peludo e maior, suas brincadeirinhas foram também se tornando mais perigosas pra gente, já que o bichano não contém sua força nos arranhões e mordidas. Como era estudante, morava com muitas pessoas e o Pam sentia muita necessidade de

    Versão peluda, dormindo em pose fofa, como de costume
    Versão peluda, dormindo em pose fofa, como de costume

    marcar seu território. Logo, as várias casas em que morei cheiravam um pouco a mijo de gato e eu não sabia que a castração, além de evitar a louca vontade de escapulir, também faz com que essa mijação toda passe. O fato é que quase fui expulsa de um e fui realmente expulsa de outro apartamento por conta disso. Arranjei algumas inimizades também, mas mais por conta de pequenos maus tratos ao meu bichinho.

    Foram duas vezes em que esse Pam quase me mata. A primeira, ainda na fase Pâmela, quando caiu do sétimo andar (sim, isso mesmo!) e quebrou a bacia. Foram dois meses de comidinha na boca, remedinhos, atenção, carinho e carinho. E pronto, tudo novo de novo, a não ser pela patinha esquerda que até hoje manca um pouquinho. Mas é um charminho, nada mais. O outro susto foi uma hepatite, que não sei como ele pegou, aí já na fase macho. Me falaram até pra sacrificá-lo, coisa que, obviamente, entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Mais ou menos uns dois meses também de muito amor, muita comidinha na boca, muito carinho e remedinhos, com a ajuda de um ótimo veterinário. E pronto, novamente saudável, graças a Deus.

    Hábito matinal: botar a pança no sol
    Hábito matinal: botar a pança no sol

    Tá, e aí, antes disso, teve a castração. Tinha dó, muitas dúvidas, mas acabei optando por ela, e a mijação parou, apesar de ele não ter se aquietado da forma que me falaram que ocorreria. Aliás, até hoje, aos 11 anos, o Pam é meio agitadinho. Hoje, a minha casa já não é aquele agito de tanta gente morando junto e o meu amorzinho é o dono de tudo, da casa, do sofá, de mim, do meu marido. Com ele, aprendi muita coisa e continuo aprendendo. Outra hora eu conto aqui como eu consegui domar as arranhadas dele no sofá e a mania de espalhar pedrinhas higiênicas pela casa, além dos pelos – Panzinho é tosado vez ou outra.

    Gente apaixonada é assim, não cala a boca quando o assunto é o seu amor. Sou assim em muitas reuniões de amigos, quando começam a falar de gato, desembesteio a falar que nem vitrola emperrada. Mas, fazer o que, né, cada louco com sua mania!

  • PRIMEIRO POST: SOBRE A MINHA PAIXàO

    Há gatos em tudo que eu vejo
    Há gatos em tudo que eu vejo

    Bom, depois de muito prometer pra mim mesma, resolvi criar o blog Loucos por Gatos, que nada mais é que uma forma de expressar a minha paixão para quem quiser ver. Quem me conhece sabe que eu morro de amores pelos bichanos e acho que todo ser humano deveria adotar pelo menos um deles pra que a vida fique mais bonita, fofa, meiga e geniosa.

    A minha paixãozinha se chama Pâmelo (e é esse aí do cabeçalho), após viver três anos como Pâmela e, inclusive, voltar do veterinário com lacinho na cabeça (não, eu não fucei as partes íntimas dele, acreditei em quem me deu de presente). E, bem, faz 11 anos que estamos juntos, mudando de casa e de cidade, mas sempre grudados. Somos companheiros e agora ele ganhou um pai, há quatro anos, que é o meu namorido.

    Claro que esse blog vai trazer muito do Pam, que aqui em casa é chamado de Mele (não me pergunte por quê), então, não pretendo dizer todas as características dele logo de cara. O fato é que a presença dele em minha vida me fez ir atrás de muitas coisas sobre gatos e é mais ou menos isso que eu gostaria de compartilhar com quem passar por aqui.

    Escrevo esse post em um dia de frio, embaixo do edredon, no meu notebook adesivado com gatos e com o meu amorzinho dormindo e fazendo barulhinhos nos meus pés. E quem é apaixonado sabe o quanto isso é bom…  Ronrons e miaus aos que quiserem me fazer companhia nessa empreitada.

    Cris