17 out O PINGO
Eu já falei aqui das manias do Pam, meu leãozinho amado dos seus 13 anos de vida. Agora é a vez de falar do Pingo, meu bebê frajola que acaba de completar um aninho. Bom, acontece que o Pingo é demais da conta do amor, ele é o gato que todo gateiro queria, ele é nosso nini, nosso melinho, nosso pli, nosso vários apelidos fofos. Assim, ele é grudinho, adora ficar onde a gente está; ele (assim como o Pam) dorme a noite toda com a gente; ele mama no edredon quando eu vou dormir, durante um bocadão de tempo; ele come poeira (sim, junta no chão aqui de casa à s vezes – sou porca não, tá? – aqueles montinhos de sujeira voadores e ele vai lá e come!); ele é sossegadinho a maior parte do tempo – já já vou falar dos momentos de loucura desvairada -; ele ama um carinho; ele fica no colo quando a gente pega e deixa a gente dar cheirinho; ele se estarra na sacada e fica com as patas pra fora da tela pegando um bronze; ele brinca com as roupas no varal; ele sobe nos armários mais altos; ele ele ele… ele é meu filhotinho de cruz credo misturado com amor.
Dia desses fui cortar a unha dos dois – Pam e Pingo. E aà que o Pam deu o escândalo básico de cada dia e eu consegui com muito esforço cortar uma pata só (as unhas, no caso) e acabei com uma mordida no braço e vários arranhões na mão. Ok, outra hora eu corto o resto, tá, Pam? Tá. Aà eu peguei o Pingo e eu nem tinha nunca cortado as unhas dele e achei que ele ia estranhar. Ou de repente a reação dele foi tipo uma sorte de principiante (no caso, eu como cortadora de unhas do Pinguinho). Mas simplesmente ele ficou ali, quietinho, no meu colo, com a manicure sendo feita. Não é lindo?
Teve também as vezes que ele foi tomar vacina. Já vi que a facilidade para colocá-lo na caixinha foi realmente sorte de principiante, já que agora o simples fato de o meu marido pegá-lo no colo e eu não estar no campo de visão dele (no pensamento dele, eu estaria buscando a caixinha para enfiá-lo dentro e levá-lo ao malvado veterinário) já o faz espernear e querer se enfiar embaixo da cama. Enfim, nesses primeiros dias foi super tranquilo e ele ficou paradinho na mesa e não soltou nem um mio na hora que o vet fincou aquela agulhinha nele (confesso que eu chorei por dentro).  Quando ele foi castrado também, nada de escândalos, nem o lance de fazer xixicocô dentro da caixinha – esse é o Pam, o gato trauma -, apenas uma leve tremedeira na hora de ir embora – depois de dormir no vet malvado (odiei essa parte dele dormir lá, mas o vet disse que era melhor, que daà ele vinha pra casa já totalmente acordado da cirurgia e no fim eu concordei).
E, olha que coisa, logo que ele voltou da castração, ele já parou instantaneamente de mijar no lugar errado – vulgo demarcar território. E começou também instantaneamente a escalar os armários da cozinha. Agora ele passa horas meditando lá em cima e, na hora da loucura, ele sobe e desce sobe e desce várias vezes e deixa a gente zonzo.
Falando em hora da loucura, eis o momento de abordar o assunto. Todo gato tem uma hora no dia em que aflora a loucura. Pelo menos, os que moram em apartamento, talvez por sentirem necessidade de extravasar a energia, sei lá. Sei que o Pam tem – antes era pior, agora ele já é mais tranquilinho – e o Pingo, too. Acontece todos os dias tipo fim de tarde e novamente no inÃcio da madrugada. Começa com uma brincadeirinha mais hiperativa no arranhador: ele afia as unhas tipo umas 20 vezes, brinca com a bolinha pendurada, vira de ponta cabeça (sim, algumas vezes ele fez isso), sobe e desce do negócio e dá até cambalhotas.  Depois disso, ele passa pra avacalhação com o Pam. E daà o Pam tá naquele marasmo, deitadão, do nosso lado, na sala, e vem o Pingo e transforma a vida dele num pequeno inferninho. Acorda o pobre lion, dá pescotapas e inicia a famosa briguinha-brincadeirinha entre gatos. O Pam bem tadinho quase morre de cansaço depois, mas aguenta firme o tranco até o Pingo desistir da folia.
Depois, chega o momento correria. Pingo corre da sala pro quarto, do quarto pra sala inúmeras vezes, mesmo que isso demande pular sobre as nossas cabeças, passar por cima de notebooks, derrubar a caixinha de som do home theater e os meus gatinhos de coleção… Essa fase dura aproximadamente uns 20 minutos. E aà vem a fase cutucar os puxadores das persianas. A do quarto, a da sala, a do quarto, a da sala, a do quarto, a da sala, incessantemente.  Pronto, cabô. AÃ, se for a hora da loucura do fim de tarde, ele deita na sala, no nosso lado, e puxa um ronco. Se for a hora da loucura da madruga, ele vai para o quarto mamar no edredon (que consiste em morder um pedaço do edredon e afofá-lo ao mesmo tempo, de preferência em cima da minha pessoa – eu adoro a massagenzinha). Antes disso, ele bate um rango e pede água na torneira do banheiro – ato que invariavelmente forma um moicano na cabecinha molhada do meu bebê.
Ai, é tanta coisa pra falar, que ele é super sociável, que ele curte uma festinha, que ele espera o Pam comer pra depois comer (educado!), que ele é apaixonado pelo seu papi, que ele ama ficar em cima do varal, que ele faz umas poses que meu deus, daonde?, que ele é muito fofinho, que ele isso, que ele aquilo, que eu vou guardar para outros posts. Por hoje tá bão né.
Fernanda
Posted at 10:17h, 18 outubroCrissssss, seu blog é muito fofo! Que saudade da minha Malu linda!!!! Beijos!!
LaÃs
Posted at 05:55h, 23 outubroO Pingo é tudo de bom mesmo ! Até chorei lendo o post ! O Pingo é praticamente a reencarnação do meu Martim, como eu moro em casa era mais fácil de extravasar toda essa loucura felina, ele vivia na rua pois era uma rua só de 3 casas e super tranquila, meus 3 gatos eram os donos de todo esse território, nem os gatos dos vizinhos podiam andar pelo próprio jardim só porque nós chegamos primeiro…
Quando o Martim fez 5 anos (a Pink é mãe dele e está com 12 anos e a Rutha é a avó com 14 anos e 8 meses {contagem regressiva para os 15 anos}) nós mudamos de casa para uma rua mais movimentada e não dava mais para eles irem à rua…resultado : o Martim teve depressão e precisou tomar anti-depressivos mas depois de pouco tempo teve insuficiência renal e não resistiu. Eu tenho certeza que a mudança foi terrÃvel pra ele, nunca tinha visto um gatinho tão intenso e ele não suportou a tranquilidade.
O Pingo é divino, passou de bebê fofinho para um gatão deslumbrante e gorducho. Amei as fotos, sempre gostei de frajolinhas e tenho certeza que um dia vou ter um gatinho amarelo como o Pam.
Apronta bastante, Pingo ! Seja muito feliz !
Beijos
LaÃs
cristine
Posted at 06:24h, 24 outubroComentários assim me fazem tãããão feliz!!