Sábado foi assim: amigos, vinhos e petiscos e a presença do Pam no meio disso tudo. Aí, o Ivan tirou umas fotinhos e algumas estão aí pra vocês verem. Ah, e a foto do Pam e da Carol tá fazendo o maior sucesso no flickr dela. Sô lindo?, pergunta Pam.

Sábado foi assim: amigos, vinhos e petiscos e a presença do Pam no meio disso tudo. Aí, o Ivan tirou umas fotinhos e algumas estão aí pra vocês verem. Ah, e a foto do Pam e da Carol tá fazendo o maior sucesso no flickr dela. Sô lindo?, pergunta Pam.
Hoje estou num clima Stuff on my Cat e resolvi postar duas fotos do meu fofico na mesma vibe. As duas são lindas maravilhosas perfeitas. Duvida? Então olha aí:
“Gatos e cães não são incompatíveis. Na verdade, se forem bem instruídos, eles muitas vezes se tornam bons amigos. É importante, contudo, levar em conta as diferenças de comportamento entre os modelos e também as maneiras como essas diferenças podem complicar o relacionamento. Há felinos que não são tão expansivos quanto os cães e por isso talvez considerem a atenção excessiva desse animal extremamente gregário (e à s vezes grande demais) um exagero que não conseguem tolerar. Os cães, por seu lado, talvez vejam os gatos como alvo, já que muitos deles carregam a predisposição genética de perseguir pequenas presas. Isso não significa, porém, que o cão vai atacar seu gato nem que o bichano queira tomar distância de seu cachorro. Significa apenas, isso sim, que o relacionamento deles – e principalmente a forma como você vai apresentar um ao outro – deve ser cuidadosamente administrado e supervisionado.”(Gato – Manual do Proprietário – Dr. David Brunner e Sam Stall)
…
A MINHA EXPERIàŠNCIA (E A DO PAM)
Por quase dois anos, eu morei com uma amiga que tinha a Gazé, uma cadelinha shitzu muito fofa, com um ou dois aninhos de idade. Pam e Gazé conviviam, mas não eram grandes amigos. A casa era da Gazé e a invasão foi do Pam. Menos mal porque a gente sabe o quanto nossos amores são territorialistas. Mas, mesmo assim, ele ficava putinho, abria a bocona e fazia fu pra Gazé que, na sua inocência e nos seus poucos anos de vida, só queria um amigo.
A Gazé tinha uma caminha, mas o Pam se apossava dela, e ela nunca reclamou. Se ele estava lá, ela dormia em outro canto. E vice-versa. Se ela estava lá, Pam não se intrometia.
A convivência era geralmente pacífica e, de vez em quando os dois até brincavam no terraço. Um corria atrás do outro e o outro corria atrás do um. Claro que o Pam enjoava antes e a Gazé vez ou outra ganhava uma patada. Nada de mais, só um “porra, Gazé, dá um tempo”.
Tinham alguns probleminhas, como o apetite canino da Gazé por comidinhas felinas. Então, a comida do Pam ficava em cima da máquina de lavar, e aí, tudo bem, tudo certo.
Por essas e outras é que eu nunca entendi a sabedoria popular, que trata do ódio do cão pelo gato. O oposto talvez seja mais verdadeiro (mas, veja bem, não é esse o caso).
Correndíssimo, antes que passem os 15 minutos de fama do Pam, fiz um print screen da capa do DC Online onde, pelo menos até agora há pouco, constava a carinha linda do meu mini leão. Se você clicar aqui, talvez ele ainda esteja lá, talvez não. De qualquer forma, para constar para a eternidade, segue o print. Preciso nem dizer que estamos bobões novamente, embora o Pam não demonstre muito, porque dorme aqui do meu lado.
Gente, aqui está o meu gordinho novamente. Desta vez se esfregando loucamente no capacho do vizinho. É só a gente abrir a porta que lá vai o bichano folgado bulir com o tal do tapete. Tudo isso sem o vizinho saber… Não espalhem, tá?
Gente, falei pra vocês que ia mostrar o Pam tosadinho, carequinha e gostosinho? Em uma primeira vez que ele foi tosado, até chorei quando ele chegou em casa. Achei muito esquisitinho, nem reconheci o meu bebê. Mas depois de me acostumar, achei a coisinha mais fofa carequinha… E quarta passada, ele foi de novo pro cabelereiro aparar as pontas, eheheh. Tive que tosar porque os pelos dele estavam cheios de nós e, além do mais, tinha mais pelo na casa que nele mesmo. O ruim é que os dias ficaram friozinhos novamente e deu uma dó… Mas aí ele se enfia nas cobertas com a gente (ou sem) e pronto, quentinho, quentinho… Depois os pelos deles crescem lindos lindos novamente…
Vou contar agora uma historinha do Pam, quando ele perdeu a sua primeira vida. Ele morava comigo e mais quatro pessoas em um apartamento enorme no centro de Florianópolis. Dois andares do edifício eram garagens e cinco andares acima nós morávamos, mais especificamente, no 502. Eu, o Pam e mais quatro mulheres. Bom, eis que um belo dia todas nós – sim, cinco mulheres – saímos para uma noitada. Na volta, eu SEMPRE preciso dar cheiro no Pam e fui procurar o meu bichinho. Embaixo das cinco camas ele não estava, atrás da geladeira também não, no sofá, nada, dentro dos armários, ninguém.
De repente, escuto um miado muito, mas muito distante… Gente, é a Pâmela – ah, tem essa, na época eu achava que o Pâmelo era menina, ele devia ter uns dois anos. Olhei pela janela da lavanderia e meu ser caramelo estava lá, embora eu não conseguisse enxergar direito. Algumas amigas minhas desceram pra vê-lo e pediram que eu esperasse, senão eu teria um troço. Não sei como consegui, mas fiquei esperando e chorando. Elas disseram que ele estava lá, em cima de um monte de areia da construção ao lado (sorte de gato, né?), e com o rabo cheio de cocô. Pecadeza, meu Deus do céu!
Bom, aí começou a correria em busca de um veterinário 24 horas. Não deixei que ninguém tocasse nele(a) pra que não desarranjasse o que já, provavelmente, não estava muito bem. Após algumas ligações, achamos um veterinário. Nunca tinha ouvido falar, nem sabia direito onde era, mas eles tinham uma ambulância e pra mim bastou, já que era necessário tirá-lo daquela situação imediatamente.
Eu não lembro muito bem porque, mas sei que não fui visitar a Pâmela nos dois dias que ela ficou no veterinário. Acho que minhas amigas pediram pra eu não ir, porque ele (a) estava em condições não muito amistosas. Se fosse hoje, eu obviamente não faria isso, mas naquela época, sei lá, minha cabeça era pior ainda do que é hoje.
Quarenta e oito horas depois, chega o meu bebê novamente em casa, Cheirosinho, com LACINHO na cabeça – veterinário tão bom que nem pra checar se ela era ela mesmo. E as recomendações são: cálcio três vezes ao dia, imobilidade total e comidinha sempre ao lado. Por quê? Porque, simplesmente, o Pam, a Pam, o meu bebê tinha quebrado a bacia. E ele não conseguia andar de forma nenhuma e, segundo o veterinário, não há como engessar uma bacia (isso eu sei porque já vi humanos com o mesmo problema). E aí, eu, que já quase não frequentava mesmo a universidade, deixei tudo de lado pra me dedicar ao meu amor. Dar remédio pra gato não é fácil e mantê-lo calminho impossibilitado de andar é pior ainda. Mas ali eu fiquei, do lado de um edredon estirado na sala, com o meu serzinho amado, todo doentinho.
Essa imobilidade durou um mês. Em seguida, o Pam começou a se arrastar. Era horrível e lindo de ver, porque ele literalmente se arrastava, com muito esforço, segurando um móvel com as patas da frente e puxando o resto do corpo pra junto dele. Horrível porque é um sofrimento. Lindo porque ele estava se esforçando muito pra voltar a andar. E eis que, mais um mês depois, o meu gato andava novamente, mancando um pouco com a pata esquerda, mas cheio de estrepolias naquelas patas almofadadas.
E é isso. Até hoje o Pam tem um certo desvio na pata esquerda porque a bacia colou um pouco tortinha, mas nada que o afaste de suas brincadeiras e peraltices. Em dias mais frios ele chega a andar pulandinho, ou logo depois de ficar muito tempo em cima da pata esquerda. Mas normalmente, ele caminha um pouco manco, o que até lhe confere um certo charme, pra falar a verdade.
Paciência, essa é a palavra. E fé na vontade do seu bichano de recuperar. Eles superam tudo. Mais adiante, conto a vocês outra prova disso.
Ontem eu passei a tarde fora de casa e quando cheguei já estava morrendo de saudades do Pam. E isso é sério, muito sério, não estou exagerando de forma alguma. Abracei, beijei, cheirei, esmaguei, dei comidinha, aguinha, namorei, namorei e namorei muito o meu bebê. Tanto que na hora de dormir coloquei uma musiquinha e a gente ficou de rosto colado, ouvindo, fofo fofo fofo.
É, eu sei, parece coisa de psicopata, mal amada e tal. Psicopata pode ser, mas não mal amada. É que eu não aguento o Pam, ele é muito muito muito lindo, querido, fofo de doer e gostosérrimo. Eu não consigo nunca brigar com ele. Nem quando ele me acorda à s 6 da manhã com aquele miado desesperado e eu descubro que ele não quer comer nem tomar água nem nada, só me acordar mesmo. E o miado rouco? Esse sim, me mata, e eu quase mato ele de tanto esmago e cheiro.
E as patinhas feijão rosa? Não dá pra aguentar. E o bigodão? E as anteninhas? E as manchinhas pretas na boquinha? E a bochechinha? E a pança? E o rabão? E a juba de pelos no pescoço? E os pelos saindo do meio dos feijõezinhos? E as poses? Ah, as poses são um caso à parte, aí é que junta tudo: o modelo, que já é lindo, e o charme, que, olha, ele tem de sobra.
De tempos em tempos, eu vou postar aqui algumas fotos de poses a la top model do meu amorinho. Faz uns dois finais de semana que a gente tirou váááárias fotos fofas dele, algumas delas aí abaixo. Vê se eu não tenho razão de ser doida, maluca, louca, pinel, lelé da cuca por essa coisa?
Essa é a minha história com o Pam, meu gatão, meu leãozinho, meu amor. Ele chegou pequenininho, mas de patas e orelhas bem grandes, olhões bem azuis e muita maluquice naquele corpinho. Era a Pâmela, segundo me disse a pessoa que me deu o presentinho. Eu morava com mais pessoas e todas acabaram logo se apaixonando por aquele serzinho laranja e serelepe. Aí, depois disso, foram histórias e mais histórias pra contar, como as de um filho em fase de crescimento. Naquele tempo, ele ainda cabia em tudo quanto era canto e qualquer lugar se tornava um belo de um esconderijo. Foi, ainda, naquela época que ele começou a criar suas manias de tomar água corrente, de tomar água do nosso banho, de atacar as nossas pernas e, é claro, de afiar as unhas no sofá. Também foi nesse tempo que ele gastou sua primeira vida, caindo do segundo andar.
Mudanças de casa e o Pam foi crescendo, assim como a minha paixão e as suas maluquices. Cada vez mais peludo e maior, suas brincadeirinhas foram também se tornando mais perigosas pra gente, já que o bichano não contém sua força nos arranhões e mordidas. Como era estudante, morava com muitas pessoas e o Pam sentia muita necessidade de
marcar seu território. Logo, as várias casas em que morei cheiravam um pouco a mijo de gato e eu não sabia que a castração, além de evitar a louca vontade de escapulir, também faz com que essa mijação toda passe. O fato é que quase fui expulsa de um e fui realmente expulsa de outro apartamento por conta disso. Arranjei algumas inimizades também, mas mais por conta de pequenos maus tratos ao meu bichinho.
Foram duas vezes em que esse Pam quase me mata. A primeira, ainda na fase Pâmela, quando caiu do sétimo andar (sim, isso mesmo!) e quebrou a bacia. Foram dois meses de comidinha na boca, remedinhos, atenção, carinho e carinho. E pronto, tudo novo de novo, a não ser pela patinha esquerda que até hoje manca um pouquinho. Mas é um charminho, nada mais. O outro susto foi uma hepatite, que não sei como ele pegou, aí já na fase macho. Me falaram até pra sacrificá-lo, coisa que, obviamente, entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Mais ou menos uns dois meses também de muito amor, muita comidinha na boca, muito carinho e remedinhos, com a ajuda de um ótimo veterinário. E pronto, novamente saudável, graças a Deus.
Tá, e aí, antes disso, teve a castração. Tinha dó, muitas dúvidas, mas acabei optando por ela, e a mijação parou, apesar de ele não ter se aquietado da forma que me falaram que ocorreria. Aliás, até hoje, aos 11 anos, o Pam é meio agitadinho. Hoje, a minha casa já não é aquele agito de tanta gente morando junto e o meu amorzinho é o dono de tudo, da casa, do sofá, de mim, do meu marido. Com ele, aprendi muita coisa e continuo aprendendo. Outra hora eu conto aqui como eu consegui domar as arranhadas dele no sofá e a mania de espalhar pedrinhas higiênicas pela casa, além dos pelos – Panzinho é tosado vez ou outra.
Gente apaixonada é assim, não cala a boca quando o assunto é o seu amor. Sou assim em muitas reuniões de amigos, quando começam a falar de gato, desembesteio a falar que nem vitrola emperrada. Mas, fazer o que, né, cada louco com sua mania!